Roger Moreira, do Ultraje a Rigor, critica “cancelamento” do Frei Gilson e rebate Nasi, do Ira!

Durante uma entrevista ao canal Hora do Corte, no YouTube, o vocalista do Ultraje a Rigor, Roger Moreira, comentou o recente “cancelamento” do Frei Gilson, religioso católico que tem enfrentado críticas nas redes sociais por declarações consideradas conservadoras. Roger defendeu o frade e aproveitou para abordar temas como liberdade de expressão, tolerância religiosa e a cultura do cancelamento na internet.
“Querem calar quem pensa diferente”
Na entrevista, Roger destacou que o Frei Gilson está sendo injustamente atacado apenas por expressar convicções alinhadas com sua fé. Para o músico, isso evidencia a tentativa de silenciar vozes dissonantes no debate público.
“Querem calar qualquer um que pense diferente. Isso vai contra tudo o que a gente sempre defendeu no rock: liberdade. Liberdade de pensar, de dizer, de discordar”, afirmou.
Segundo Roger, não se trata de blindar opiniões, mas de garantir que todas as perspectivas possam ser ouvidas, inclusive as religiosas. “Discordar faz parte, mas querer sumir com o outro é autoritarismo”, reforçou.
Resposta a críticas de Nasi, do Ira!
Após a defesa de Roger ao Frei Gilson viralizar, o cantor Nasi, vocalista da banda Ira!, criticou publicamente o colega de geração. Nasi, em postagens nas redes sociais, questionou o posicionamento de Roger e afirmou que o rock brasileiro deveria estar mais próximo das pautas progressistas.
Roger não se esquivou da polêmica e respondeu diretamente:
“O cara acha que é dono do rock, que só pode pensar como ele. Isso é típico de quem perdeu o argumento e parte pra patrulha ideológica. O Nasi deveria lembrar que o rock sempre foi rebeldia, não cartilha.”
A declaração acirrou ainda mais os ânimos entre fãs das duas bandas e reacendeu o debate sobre o papel político dos músicos no Brasil.
Liberdade religiosa e coerência com o rock
O caso do Frei Gilson tem mobilizado opiniões diversas. O religioso foi criticado por manifestações em defesa de valores cristãos tradicionais, o que levou à tentativa de “cancelamento” por parte de internautas. Para Roger, esse episódio é mais um exemplo do que ele considera uma crescente intolerância contra quem pensa diferente.
“A gente não precisa concordar com tudo o que alguém diz para defender seu direito de dizer. Isso é o básico da democracia”, completou.
Roger relaciona sua defesa do frade a um valor que ele diz carregar desde o início da carreira com o Ultraje a Rigor: a liberdade de expressão como essência do rock. “A arte só é livre se a gente puder falar tudo, inclusive o que incomoda”, concluiu.
Fonte: Whiplash.Net