Projeto 1KG de Rock resgata história do rock em Brasília e leva cultura à escola pública

Brasília, a capital federal do Brasil, é famosa por sua arquitetura modernista e seu papel político, mas também possui uma rica história cultural no rock. Para preservar e divulgar essa trajetória, foi lançado o projeto 1KG de Rock, que busca conectar diferentes gerações por meio da música, utilizando novas tecnologias e plataformas inovadoras.
O resgate do rock candango
O projeto 1KG de Rock foca em três frentes principais para levar a história do rock brasiliense às escolas públicas e à sociedade em geral. A primeira delas é a criação de um museu virtual, que apresenta fotos, depoimentos e documentos históricos sobre o rock em Brasília. O conteúdo digital é pensado para envolver diferentes públicos e preservar o legado do “rock candango”, gênero musical que representa a cena roqueira da capital.
A segunda iniciativa é o desenvolvimento de um aplicativo em formato de game, projetado para apresentar o conteúdo de maneira divertida e interativa, especialmente para crianças e jovens. O aplicativo busca transformar a experiência de aprender sobre rock em algo lúdico e dinâmico, alinhando o estilo musical à cultura gamer que hoje permeia o cotidiano dos mais jovens.
Por fim, a terceira frente do projeto é a exposição itinerante, que irá circular por três escolas públicas de Sobradinho: o CEF 3, o CEF Queima Lençol e o Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois. A exposição trará painéis e conteúdos visuais sobre o impacto do rock na cultura local, além de palestras temáticas que abordarão dois eixos importantes: Ciências, Física e Rock and Roll e O Rock como Cultura Transgressora.
A educação como ferramenta de transformação cultural
Geldo Araújo, professor da Secretaria de Educação do DF e idealizador do projeto, acredita que a iniciativa vai além de uma simples exibição de história. O objetivo é enriquecer a experiência educativa dos estudantes ao integrar a cultura rock com temas acadêmicos e científicos, estimulando o pensamento crítico e a criatividade dos jovens.
“O rock, como estilo de vida, é uma imensidão de conhecimentos e experiências que, ao longo de décadas, ajudaram a humanidade a se humanizar. Por isso, é cada vez mais necessário que o gênero seja levado às escolas”, afirma Araújo.
Um olhar para o passado e o futuro do rock
O projeto 1KG de Rock é voltado inicialmente para a década de 1960 a 1970, período fundamental para a formação da cena musical de Brasília. O trabalho de pesquisa inclui materiais jornalísticos, recortes de jornais, panfletos e entrevistas com figuras chave dessa história, como Fátima Bueno (autora do livro Do Peixe Vivo à Geração Coca-Cola), Marcos Pinheiro (fundador do programa Cult 22), Paulo Kauim (autor sobre o Teatro Rola Pedra) e Ari de Barros (fundador do festival Ferrock).
Além de levar um conteúdo rico e diversificado para as escolas, a plataforma online do projeto também oferece um espaço para bandas e músicos locais compartilharem suas próprias histórias, contribuindo para o fortalecimento da cena musical candanga.
O legado de um movimento cultural
O rock tem desempenhado um papel transformador na vida de gerações, e o projeto 1KG de Rock busca assegurar que o legado desse movimento cultural continue vivo na educação e na memória de todos. Com uma abordagem inovadora e acessível, o projeto visa não apenas educar, mas também inspirar jovens a se conectarem com as raízes culturais da cidade e a pensar sobre o poder da música como ferramenta de expressão e transformação.
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Whiplash.net / Leia a matéria completa